Casa com 3 dormitórios à venda, 192 m² por R$ 750.000,00 duas vagas de garagem- Veleiros - São Paulo/SP

Descrição

Casa com 3 dormitórios duas vagas, à venda, 192 m² por R$ 750.000 - Veleiros - São Paulo/SP Casa em bairro de Veleiros muito bem localizada, fácil acesso as principais vias e colégios da região. No tempo em que conhecer espécies de árvores era corriqueiro, os prédios eram menos abundantes, o trânsito menos caótico e a circulação na via, menos intensa, o Magazine Bromberg, empresa alemã que trabalhava com maquinário, ferramentas e outros produtos, com parte do empreendimento na Siqueira Campos, era o vizinho mais célebre da paineira. Não demorou para que o boca a boca associasse as duas referências centrais, criando um emblemático ponto de encontro. O que nem todos sabem é que a ligação entre a árvore e sua vizinhança era ainda mais estreita, e foi determinante para que o vegetal cuja copa impõe verde entre as construções acinzentadas atravessasse, intacto, décadas de urbanização. Proprietário da Bromberg desde a década de 1940, quando tornou-se sócio majoritário em Porto Alegre, Luiz Siegmann foi o principal protetor da paineira até a década de 1970, quando o vegetal foi tombado pelo município. Nos anos 1950, a ameaça de extração O laço entre o empresário e a árvore se fortaleceu a partir de uma ameaça real. Na década de 1950, a paineira entrou na mira da prefeitura, que pretendia extrair o vegetal, à época posicionado no leito viário, por "causar transtornos ao trânsito". Siegmann, que avistava a árvore da janela de seu escritório, procurou o então prefeito Leonel Brizola com uma proposta inusitada: ao pedir que ela fosse preservada, dispôs-se a pagar uma taxa de imposto pelo espaço que a planta ocupava na via. O apelo surtiu efeito, e a paineira foi mantida sem que seu protetor precisasse desembolsar um único tostão. — Queriam derrubar a árvore porque diziam que ela estava atrapalhando. E meu pai tinha essa coisa, bem dele, de gostar das plantas. A paineira lembra essa luta do meu pai — recorda Leda Siegmann Düvelius, uma das filhas de Siegmann. Depois da intervenção de Siegmann, a via desenvolveu-se ao redor da árvore, que, com as alterações, terminou "abraçada" pela calçada. Sua preservação definitiva, no entanto, veio apenas no fim da década de 1970, quando a paineira da Siqueira Campos foi incluída em uma lista com outras centenas de árvores consideradas de valor histórico para o município e que, portanto, jamais poderiam ser derrubadas. No local, a prefeitura instalou uma em bronze homenageando Siegmann, "amigo e defensor" da paineira – o objeto foi furtado e, em 2012, a família fez uma réplica da homenagem em material de menor valor, que lá permanece. Adolfo Alves / Agencia RBS Foto da década de 1970 mostra a paineira já destacada entre prédios Adolfo Alves / Agencia RBS. PAINEIRAS Introdução Grande parte das terras e pastagens naturais Árvore paineira. paineira mineiras foram ocupadas durante o ciclo das minerações. A partir de 1738, sesmarias começaram a ser distribuídas e com o passar do tempo tornaram-se fazendas. José de Faria Pereira e Joaquim de Oliveira receberam sesmarias que mais tarde transformaram-se nas fazendas da Barra e da Serra, respectivamente. Entre as duas surge então o povoado de Paineiras fazendo parte do município de Abaeté. Originou-se com a construção de uma capela por Antônio Pinto da Fonseca, Hipólito Rosa e José Correia do Prado, nas terras deste último e de Firmino Lourenço, onde se reunia para rezar e fazer festas, principalmente homenageando São Sebastião, então padroeiro da localidade. Perto da capela existiam algumas estalagens, local onde os boiadeiros combinavam de se encontrarem, pois era propício ao seu descanso, as paineiras ali existentes serviam de abrigo ao gado e cavalos, surgindo daí, mais tarde, o nome de PAINEIRAS. A capela foi construída ao lado das paineiras, onde à sombra das mesmas o Padre Miguel de Freitas Vital, celebrou a primeira missa para os moradores da região. A partir daí, surgiram os primeiros habitantes, dos quais podemos citar os Srs. Brás Lourenço, Firmino Lourenço, João Clemente, José Correia do Prado, Joaquim Francisco e Job. Feliciano. Job Feliciano foi o primeiro comerciante de Paineiras. Construiu uma casa de taipa coberta com capim, onde passou a vender açúcar e querosene, mais tarde pinga e gêneros alimentícios. Estes produtos vinham de trem de ferro até a estação ferroviária de Pompéu, de onde chegavam o seu destino através de cavalos ou carro de boi, dependendo da quantidade do carregamento. Os primeiros professores foram: Sr. Custódio Zica, Dª Inês, Dª Geni, Sr. José dos Santos, os quais eram pagos pelos pais dos alunos, para ensiná-los a ler textos objetivos, escrever o nome e fazer contas. Nos casos de doenças eram usados remédios caseiros ou em casos mais graves, procuravam o Sr. Saint-Clair Ferreira, farmacêutico do povoado. Era muito frequente alguém morrer por falta de um atendimento mais apropriado. Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de PAINEIRAS, através do Decreto Estadual nº 148 de 17/12/1938, subordinado ao Município de Abaeté. Após crescimento e desenvolvimento, é elevado à categoria de Município pela Lei Estadual nº 2764 de 30/12/1962, desmembrando de Abaeté. Em divisão territorial datada em 31/12/1963, o município é constituído do distrito sede, sendo emancipado em 01/03/1963; e em 01/01/1979, o município é constituído dos distritos de Paineiras e Poções de Paineiras. O primeiro Prefeito eleito pelo povo foi Modesto Alves Mendonça, que sucedeu o então prefeito intendente Sr. Bernardo Mendes Filho. Os primeiros Vereadores foram David Afonso de Oliveira, Domiro Alves da Silva, João Batista Zica , Job Feliciano Filho, Antônio Alves de Azevedo, João Ferreira Álvares da Silva, Elói Ferreira de Noronha, e como suplente tomaram posse no decorrer do mandato João Alves de Sousa, Sinval Bomtempo de Lima, Elias Alves Pimenta e Antônio Pinto da Fonseca. O primeiro mandato durou de 1963 à 1966. Dados Básicos Gentílico: Paineirense Bioma: Cerrado Aspectos Geográficos local Com uma população de aproximadamente 4.631 habitantes, localizada na região do Alto São Francisco, no estado de Minas Gerais, Paineiras fica a 252 Km da Capital Mineira. Ocupa uma área de 638 Km2 de extensão e limita-se com os municípios de Abaeté, Biquinhas, Morada Nova de Minas, Tiros, e Cedro do Abaeté. Marco do Centro Histórico, o vegetal também virou um dos principais elos da família Siegmann. Donos de imóveis nas proximidades, parentes do empresário batizaram empreendimentos com o nome da espécie: Edifício Paineira e Garagem Paineira. — Quando meu tio usou Paineira, brincamos que ele tinha roubado o nome, que deveria ser nosso. A árvore uniu a gente. Pensa, em uma família com mais de cem pessoas, quase 80 apareceram quando refizemos a homenagem. Acho que as pessoas perceberam que, como meu pai cuidou da árvore, tínhamos de cuidar uns dos outros — diz Leda. Vegetal pode ser da década de 1920, diz biólogo Se as polêmicas e o tombamento ajudaram a consolidar a fama da paineira, além de garantir seu futuro na via, por outro lado, pouco se sabe sobre sua origem. Conforme um biólogo que atuou na antiga Secretaria do Meio Ambiente por quatro décadas, o vegetal exótico – a espécie é natural da Argentina – não foi plantado pela prefeitura: teria sido obra da comunidade. LEIA MAIS Saiba por que prédios estão recebendo pintura e grafite com guindaste em Porto AlegreSaiba por que prédios estão recebendo pintura e grafite com guindaste em Porto Alegre Da resistência à ditadura ao palco da arte de rua: veja a Esquina Democrática através de cinco olharesDa resistência à ditadura ao palco da arte de rua: veja a Esquina Democrática através de cinco olhares — Não sei dizer como foi parar ali. A prefeitura só planta em praças, parques e canteiros centrais. E não teria plantado uma paineira, porque é uma árvore espinhosa. Acredito que ela seja da década de 1920, quando, no Brasil inteiro, ainda se plantavam árvores no leito viário — avalia Flávio Barcelos Oliveira, ex-funcionário da antiga Smam e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana. Segundo Oliveira, é provável que a paineira da Siqueira Campos esteja entre as árvores mais antigas ainda preservadas em Porto Alegre – GaúchaZH entrou em contato com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) solicitando informações técnicas sobre o vegetal, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. Apesar de não ser nativa do Rio Grande do Sul, explica o biólogo, a planta dá-se bem em locais de solo argiloso, como ocorre em boa parte da Capital, o que favorece seu desenvolvimento – há exemplares em outros locais da cidade. A paineira que já entrou para a história de Porto Alegre torna-se, cada vez mais, um elemento exótico no centro da Capital. Com as transformações sociais, arquitetônicas e culturais que aceleraram o ritmo do Centro, roubando as atenções, a árvore tem, ao longo dos anos, passado de observada à observadora do entorno, testemunhando silenciosamente as mudanças da cidade. — Aquela paineira assistiu a muita coisa. Tudo que era importante estava ao redor dela. Isso prova que o tombamento tem o seu valor: se não fosse ele, o urbanismo já teria posto ela abaixo.Qual a origem da Paineira? Origem: É uma espécie arbórea tropical de grande porte e ampla distribuição geográfica: Argentina, Paraguai e Brasil. Ocorrência Natural: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Norte do Paraná (floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná).2 de mar. de 2015.