Laje, 2844 m² - venda por R$ 25.596.360,00 ou aluguel por R$ 120.871,70/mês - Jardim São Luís - São Paulo/SPCenesp Centro Empresarial Sp
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Descrição
Laje, 2844 m² - venda por R$ 25.596.360 ou aluguel por R$ 120.871,70/mês - Jardim São Luís - São Paulo/SP fácil acesso pelas avenidas João Dias e Marginal Pinheiros.- Terminal de ônibus fretados // Terminal Urbano João Dias - 0,5 km // Estação Metrô - linha 5 (Giovani Gronchi) - 0,5 km- Transamérica Expocenter/ Teatro Alpha - 2,7 km // Av. Eng. Luís Carlos Berrini - 7 km // Hospital Albert Einstein - 8 km- Hospital São Luís - Morumbi - 9 km / Av. dos Bandeirantes - 9,5 km // Aeroporto de Congonhas - 10 km- Av. Paulista - 12 km // Rodovia Raposo Tavares - 20 km // Aeroporto de Guarulhos - 43 kmAndar inteiro.O Complexo conta com 410 mil m² de área construída, abrigando grandes empresas, centro de eventos, Shopping com aproximadamente 100 lojas (restaurantes, cafés, boutiques, farmácias, serviços, casa Lotérica e etc.), 11 agências bancárias, um posto de gasolina, oficina mecânica e uma estrutura de serviços diversificada. IMÓVEL INTEIRAMENTE REFORMADO **** PINTURA NOVA **** BANHEIROS MODERNIZADOS COM CAIXA ACOPLADA **** PISO ELEVADO MONOLÍTICO / CARPETE NOVO EM DE PRIMEIRA LINHA **** AR CONDICIONADO CENTRAL **** SISTEMA DE DUTOS HIGIENIZADOS ATENDENDO LEGISLAÇÃO VIGENTE. Na década de cinquenta, do "século passado", havia um sistema incipiente de transporte coletivo na região na qual se localizava os bairros operários em formação, Jardim São Luiz, Capão Redondo, Vila das Belezas e outros tímidos núcleos onde a maioria se locomovia para o trabalho de bicicleta, meio de transporte mais eficiente na época, ou caminhando pela madrugada onde a maioria colocava literalmente o pé na estrada, uma verdadeira legião, rumo às várias indústrias que implantaram seu parque produtivo nas cercanias de Santo Amaro. Os ônibus coletivos eram raros, e a primeira empresa de ônibus "Viação Columbia", a adentrar no bairro Jardim São Luiz, fixou seu ponto final próximo à "Capelinha Penhinha", no entroncamento da Avenida João Dias com a Avenida São Luiz, depois alterada para Avenida Maria Coelho Aguiar, evitando assim confusões com a avenida de mesmo nome existente no centro de São Paulo. Neste pequeno largo, onde se situava a Capelinha Penhinha, havia um "comércio local", sendo o mais conhecido o Armazém do Pedro Ferreira, onde se podia encontrar de gêneros alimentícios variados a ferramentas agrícolas. Do lado oposto havia poucas casas, simples, onde uma delas era de uma senhora cega de nome Maria Coelho Aguiar, nome que recebeu em sua homenagem a antiga Avenida São Luiz, "porta de entrada" do bairro, mas que infelizmente desta moradora local pouco se sabe. Consta em relatos de oralidade que ela ficava no portão a cumprimentar os transeuntes, onde estava localizado um ponto dos ônibus "esverdeados" da Empresa Emílio Guerra, que ligava Santo Amaro a Itapecerica da Serra. Neste local na parte do morro, oposto à Capelinha, estava o "Cortume Dias" grafado com "o" mesmo, da família do empreendedor Antonio Dias da Silva, que tratava couros de animais, em tambores giratórios em solução de água e ácidos, além de camurçados e pelegos que cobriam equinos comuns de tropeiros e muares atrelados às carroças que faziam o transporte de carga comum na época. Mais tarde intensificaram a produção e começaram a fabricar tecidos oleados, precursora das lonas plásticas que na atualidade cobrem cargas de caminhões pelo Brasil afora. O córrego que corta o bairro e flui em direção ao Rio Pinheiros tem a denominação de Córrego do Curtume. Do lado do atual bairro Jardim São Francisco, um pouco afastado havia um paiol de pólvora, também da família Dias, embora a produção estivesse voltada para cunho industrial, também faziam a alegria dos fogueteiros da época, verdadeiras disputas entre famílias especialistas nesta arte das festas juninas que rasgavam os céus noturnos, límpidos, com a criançada competindo quem mais recuperava as varetas. Era tudo um grande descampado, e seria uma coisa inimaginável na atualidade. Vale citar uma importante referência histórica: O sino que estava no campanário da Capelinha Penhinha, quando de sua demolição em 1973, foi enviado para a Paróquia São Luiz Gonzaga, localizada no bairro Jardim São Luiz, onde atualmente faz parte do acervo este pequeno patrimônio local, podendo se ler na lateral do sino o nome do doador: Fábrica Estrella. Esta empresa produzia percalinas, tecido de algodão, leve e forte, usualmente de uma só cor, de superfície oleada e lustrosa. Eram as primeiras imitações de "pano couro", empregado, sobretudo em encadernações e estofamentos, o mais moderno de então para coberturas gerais. A fábrica era gerenciada por Plínio Rodrigues Dias, filho de João Dias de Oliveira e dona Sebastiana Rodrigues Dias, santamarenses autênticos. Cada indústria localizada na região tinha a sua sirene de sonoridade característica diferenciada em cada uma delas, tocando em horários determinados, como que a chamar toda aquela massa ambulante. Na Avenida João Dias tinha-se a empresa Hoover, onde depois se fixou a PIAL LEGRAND; a empresa Semp, sendo incorporada pela TOSHIBA; a empresa Squibb posteriormente abrigou atividades da empresa Prodotti Laboratório Farmacêutico e que na atualidade esta sendo demolida, além de pequenas oficinas de marcenaria e máquinas operatrizes, sendo orgulho fazer parte do quadro de funcionários de uma grande empresa. Em maio de 1973 a Capela Penhinha foi demolida, dando lugar a ENPAVI, Engenharia de Pavimentação. Em seguida fixou-se no local o empreendimento náutico THE WAVES. Atualmente neste local foi edificado o supermercado Extra da família Abílio Diniz, um dos pioneiros no país deste tipo de empreendimento. Com o tempo chegaram os primeiros ônibus da Viação São Luiz, que montou o galpão da garagem na Avenida João Dias com Rua Laguna, galpão este ainda em atividade como depósito de materiais de construção da família Di Cicco. Esta empresa de ônibus se transferiu depois para o começo da Avenida Giovanni Gronchi, mudando a razão social para Viação Campo Belo, fazendo parte do Consórcio Sete, idealizado pelo sistema de Transporte Metropolitano de São Paulo, SPTRANS. Infelizmente tentamos resgatar parte desta história perante a citada empresa de ônibus, mas não obtivemos êxito em adquirir informações desta corporação do Grupo Ruas em sua atual garagem situada na Avenida Carlos Lacerda. Todo este contexto citado acima está embasado, em parte, ao empreendimento assumido pelo empresariado atuante de Santo Amaro, haja visto que muito antes do desenvolvimento industrial da segunda metade do século vinte já havia preocupação de ampliar redes de transporte para São Paulo através da primeira linha férrea Cia. Carris de Ferro de São Paulo a Santo Amaro, idealizada por Alberto Kuhlmann, natural da Alemanha, de onde importou locomotivas de fabricação Krauss, BN2. Naturalizou-se brasileiro obtendo deste modo sua cidadania. Assumiu o compromisso da ferrovia, em 1883, depositando 5.000 réis na assinatura como garantia de contrato, com recursos próprios, e parte com participação de recursos privados de investidores santamarenses na ordem de 300.000 réis, sem intermediários externos. A Estação da Ferrovia de Santo Amaro tinha parada obrigatória onde atualmente se situa o colégio Lineu Prestes e Praça Santa Cruz, e que mais tarde o mesmo trajeto da linha passou a ter bitola de 1,44 metros usada pelos bondes, diferentemente do antigo trem a vapor de bitola estreita. A Linha do bonde elétrico 101, com extensão de 31 quilômetros, foi inaugurada em 07 de julho de 1913 sob a administração da "The São Paulo Railway Light and Power Company Ltd.", que havia adquirido a Carris, das locomotivas a vapor idealizada por Kuhlmann e que foram desativadas definitivamente em 1914. O bonde tinha seu traçado de itinerário desde o Largo da Sé, Rua Marechal Deodoro, Praça João Mendes, Rua Liberdade, Domingos de Morais, Jabaquara, Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, que atingia até a atual Avenida Adolfo Pinheiro. Um parêntese merece destaque quanto a Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, pois ainda não existiam as atuais denominações da Avenida Ibirapuera com seu traçado atual e a Avenida Vereador Jose Diniz (homem bem atuante, à época, com sua especialidade farmacológica), conseguindo-se defini-las com estas duas denominações através de ações de homens abnegados pelas causas santamarenses. O bonde assim seguia para a várzea de Santo Amaro, com ponto final no Largo Treze de Maio, onde era feito o balão de retorno. Em 23 de dezembro de 1920 foi inaugurado o trecho de 1600 m de extensão à represa de Guarapiranga, que pretendia ligar do Largo Treze de Maio até a Capela do Socorro. O que foi o Caminho do Carro de Boi, ligando Santo Amaro à capital paulista, para abastecimento de produtos, na atualidade tem novos trilhos no caminho, pelo prolongamento da linha 5 do metrô, e podem estar certo que desde a Linha do Trem a Vapor ao Bonde, mudou-se o modelo do transporte, mas o trajeto tem traçado semelhante ao antigo e o metrô seguirá para a Vila Mariana até atingir a Chácara Klabin. Referências: *Dna. Adozina Caracciolo de Azevedo Kuhlmann, neta do Engº Alberto Kuhlmann, parte de depoimento quando das festividades dos 457 anos, em 15 de fevereiro de 2009, em Santo Amaro, na Associação Comercial de São Paulo, Distrital Santo Amaro. *Acervo da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo. *Acervo do Museu da CMTC e visita ao mesmo. *Livro "The Tramways of Brazil", de Allen Morrison. *Retalhos da Velha São Paulo, Geraldo Sesso Junior. e-mail do autor: cafatorelli@gmail.com
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